Civilização de Erde-Tyrene

Halo Project Brasil, 24 de julho de 2016

Entre aproximadamente 106.445 AC e 97.445 A.C., uma civilização pré-histórica de várias espécies e subespécies de humanos existia na Terra, então conhecida como Erde-Tyrene. Essa civilização era o resto regredido do Império Interestelar Humano, destruído pelos Forerunners no fim da Guerra Humano-Forerunner.

Origem

Os Humanos evoluíram e criaram sua civilização em Erde-Tyrene antes de 1.100.000 AC. Por mais de 1 milhão de anos, a humanidade explorou a galáxia, enfrentando muitas dificuldades nesse meio tempo. Por volta de 107.445 AC, o mais recente Império Humano esbarrou no parasita Flood, que indiretamente levou a humanidade a um conflito contra os Forerunners, o qual duraria 1 milênio. Exaustos por lutarem em duas guerras ao mesmo tempo, os humanos foram eventualmente derrotados.

Após a rendição da humanidade na capital do império em Charum Hakkor, os Forerunners usaram Composers para extrair os padrões humanos no planeta. Entretanto, restavam muitos em redutos espalhados pela galáxia, os quais logo seriam conquistados e, os humanos sobreviventes, seriam levados à Erde-Tyrene para que todos os vestígios das conquistas tecnológicas da humanidade fossem apagados.

Guerra Humano-Forerunner Batalha de Charum Hakkor

Regressão e Renascimento

Como punição por desafiar os Forerunners, o Velho Conselho Forerunner decretou que a humanidade perdesse acesso a toda sua tecnologia e fosse forçada a um processo artificial de involução: Em pouquíssimo tempo, humanos vivos tiveram milhões de anos de evolução revertidos, perdendo massa muscular e inteligência. Esse processo foi supervisionado pela Modeladora de Vida, agindo sob ordens do Velho Conselho. Embora muitos Forerunners poderosos quisessem ver a humanidade aniquilada, a Librarian os defendia, vendo a espécie como especial e potencialmente digna de herdar o Manto da Responsabilidade.

LibrarianA crença da Librarian na humanidade só aumentou durante o milênio seguinte: em apenas mil anos, a população humana regredida explodiu demograficamente, levando a raça a se dividir em várias espécies e subespécies, algo que deveria levar milhões de anos. Embora isso tenha ocorrido com a ajuda da Librarian e seu Geas, também haviam fatores desconhecidos que nem ela e suas Trabalhadoras de Vida podiam explicar, mesmo estudando o código genético humano a fundo. Mais de 20 dessas subespécies migraram pela Terra e formaram diversas comunidades.

O desenvolvimento da civilização recomeçou: os humanos começaram a sedentarizar-se e reunir-se em vilas e comunidades tribais. A partir disso, começaram a plantar e domesticar diversos animais, como: ovelhas, bodes, lobos, gado e aves. Eles também desenvolveram tecnologias básicas ao passo que surgiam as indústrias e o comércio. Enquanto isso, outros grupos de humanos continuavam a viver em comunidades tribais Tier 7, como a encontrada pelos Forerunners durante a construção do portal para a Ark no Leste Africano.

Medida de Conservação

Instalação 07A humanidade foi uma das muitas espécies indexadas e preservadas pela Librarian durante o esforço dos Trabalhadores de Vida para catalogar, preservar e indexar toda a vida na área habitável, com o intuito de  repopularizar a galáxia após um eventual disparo dos Halos. Uma população principal foi alocada na Arca Maior e outra de centenas de milhares de humanos de 120 subespécies diferentes foi levada à Instalação 07, onde estes foram submetidos a uma série de experimentos com o Flood pelo Mestre Construtor Faber.

Considerando a Terra como sua “População Especial”, a Librarian marcava os humanos de lá com as essências de antigos guerreiros humanos processados pelo Composer após a queda de Charum Hakkor. Essas marcas ficavam dormentes, ativando-se em certas condições, como as que foram encontradas por Chakas e Elevação, após conhecerem Bornstellar. Entretanto, o Conselho proibiu que os humanos com marcas fossem levados aos Halos para conservação, pois eles não queriam arriscar ter militares da antiga humanidade com posse de armas. Agindo contra essa ordem, o Mestre Construtor levou populações de humanos marcados para a Instalação 07, em sua busca fervorosa por uma cura contra o Flood.

Quatro anos antes do fim da Guerra Forerunner-Flood, a Librarian e seus Trabalhadores de Vida iniciaram uma evacuação em massa de Erde-Tyrene, usando transmissores remotos para ativar o Geas dos humanos, fazendo-os entrarem nas naves Forerunners. Muitos dos humanos foram reduzidos à compostos biológicos, pois seus restos seriam usados para nutrir microoganismos nos oceanos da Terra após o disparo dos Halos. Para prevenir um desastre ecológico, uma solução foi espalhada pelo planeta, fazendo com que qualquer organismo afetado pelo Halo instantaneamente se partisse em suas moléculas.

Os Humanos indexados pela Librarian foram movidos para o Omega Halo. A maior parte dessa população foi composta com o Composer pelo Didact, transformando-se em Prometheans. Apesar disso, a Librarian e sua sucessora, Cântico ao Verde, conseguiram salvar espécimes suficientes na Instalação 00 para prevenir a extinção dos Homo Sapiens e outras espécies. Após o disparo dos Halos, os humanos sobreviventes foram levados de volta à Terra.

Depois de serem reintroduzidos à Terra, a civilização humana regrediu novamente, tornando-se caçadores-coletores no Tier 7 de desenvolvimento tecnológico por 100 mil anos. Como a Librarian havia posto um Geas na espécie, seu desenvolvimento pode ter sido impulsionado posteriormente, preparando os humanos para sucederem os Forerunners e enfim assumirem o Manto.

Espécies

Nessa época, a Terra era o lar de diversas espécies: humanos, hominídios e antropoides, considerando todos como “o Povo”. Essa diversidade surgiu em apenas mil anos, após o regresso forçado imposto pelos Forerunners. Havia mais de 20 espécies e 120 subespécies consideradas humanas. Embora algumas espécies humanas fossem parecidas com seus ancestrais do antigo império, nenhuma delas jamais recuperaram o tamanho, força e inteligência deles. Isso dificultou os registros de fósseis da Terra, já que era complicado determinar a linhagem de uma espécie em particular.

Algumas dessas espécies foram salvas pelas Trabalhadoras de Vida e mantidas na Instalação 00 quando os Halos foram disparados. Após o fim da Guerra, a Librarian estimou que apenas 4 ou 5 espécies sobreviveram intactas, e, devido a escassez de espécimes saudáveis, a recuperação de todos os compostos genéticos salvos pelas Trabalhadoras foi impossível.

  • Hamanush (Homo sapiens; humano moderno): uma das espécies mais proeminentes que séculos depois viria a ser a única espécie humana.
  • Chamanush (Homo floresiensis; Floriano ou “Homem de Flores”): uma espécie pequena, com longas vidas, peludos e rostos expressivos.
  • K’tamanush (Homo neanderthalensis; Neanderthal): Viviam nas geleiras do norte da Terra.
  • B’ashamanush: uma espécie magra e ágil que vivia nas pastagens equatoriais da Terra.
  • Denisovan: relativos próximos tanto dos Hamanush como dos K’tamanush. Eram altos e magros.
  • Shakyanunsho (Gigantopitechus): uma espécie inteligente de orangotangos, que viviam nas terras altas ao norte de Marontik.

Cultura e Tecnologia

Após a derrota da humanidade, os Forerunners restringiram o acesso de humanos a todas as formas de tecnologia, forçando-os a regredir a uma sociedade caçadora-coletora. Gradualmente saindo do foco do Velho Conselho e dos Construtores, os humanos começaram a re-desenvolver suas tecnologias, munidos também pela Librarian. Nos últimos anos antes da ativação dos Halos, cidades rudimentares podiam ser vistas, com indústrias primitivas, balões de ar-quente e maquinarias a vapor.

Nessa nova sociedade, era comum que mulheres tivessem filhos cedo. Curiosamente, os povos das regiões mais quentes já costumavam vestir trapos de panos e tangas.

Civilização de Erde-Tyrene

Religião, Mitologia e Rituais

Os humanos dessa civilização seguiam o caminho do Daowa-Maad, a base do que havia restado da regressão da humanidade antiga. Esse conceito era ligado às crenças de vida, morte e ao poder dos nomes. Além disso, eles louvavam a Librarian como a “Modeladora de Vida” ou “A Dama”, vendo ela como uma deusa que visitava cada pessoa no nascimento e lhes dava um propósito na vida. Essa crença tinha base no fato de que a Librarian aparecia no subconsciente de recém-nascidos para implantar o Geas.

Nomes eram considerados extremamente importantes: o verdadeiro nome de alguém só era conhecido por seus parentes mais próximos. Para outras pessoas, era utilizado um pseudônimo.

Quando alcançavam a idade adulta, os homens na área de Marontik tradicionalmente participavam de um rito de passagem, no qual devia-se caminhar por uma série de cavernas sagradas, contendo diversas pinturas que descreviam as crenças humanas sobre a vida e a morte. Durante a cerimônia, folhas embriagantes eram queimadas na caverna, o corpo dos jovens era coberto de argila, anciões faziam desenhos ritualísticos em suas costas, ombros, costelas e peitoral com facas de ossos. Todos que passaram pelo ritual deveriam dizer a frase: “Pois eu vi nas cavernas sagradas”.

Um parente em estado terminal seria preparado para o pós-vida com um ritual de despedida, no qual incluía orações para que o indivíduo passasse com segurança pelas “águas ocidentais” e que os deuses do outro lado, “Abada o Rinoceronte” e o “Grande Elefante”, não o rejeitasse. Temia-se que, caso o ritual não fosse executado corretamente, os deuses dariam o indivíduo para hienas e urubus e que sua alma seria condenada a vagar pela Terra como um fantasma.

Além disso, os humanos de Erde-Tyrene tinham uma rica tradição oral de lendas e mitos, muitos contraditórios entre si e misturados com a religião.

“O Primeiro Homem” era uma figura mítica que tinha o dedo indicador do tamanho de uma árvore que segurava as almas de todos os seus filhos: as gerações humanas seguintes. Os Vaeites e Alben eram entidades que supostamente apareciam nos mais antigos sonhos humanos.

Uma outra estória conta que o céu é uma grande superfície plana onde insetos brilhantes se movem e ocasionalmente alguém abriria uma porta para deixar entrar a luz de fora. As estrelas eram “buracos”, resultado de pássaros tentando comer os insetos.

De acordo com um mito sobre a criação da humanidade, Mongoose, um deus conhecido por ser um trapaceiro, convenceu a lama a acasalar com o Sol. Essa união gerou vermes, os quais o Mongoose irritava, até que esses vermes ganharam pernas e o perseguiram pelas planícies. Os vermes se tornaram os humanos.

Em outra estória, Shalimanda, a Cobra Celestial, engoliu diversos planetas cobertos de jóias. Ela explodiu na noite seguinte, criando mundos como a Terra onde os humanos nasceriam.

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